Construção da fusão genética GFP::FLR1

O gene FLR1 (sem o seu codão STOP) é amplificado por PCR com iniciadores híbridos (G5/F5 e G3/F3) desenhados de forma a acrescentarem de cada lado do gene duas zonas de homologia com o vector pMET25_GFP e com base na sequência depositada na base de dados SGD, (ver como).

Paralelamente, o vector pMET25_GFP é linearizado pela  enzima de restrição NotI, na região entre o promotor MET25 e o gene que codifica a GFP. A transformação de células de levedura (procedimento experimental) com os dois fragmentos de DNA (o gene FLR1 amplificado por PCR e vector linearizado) conduz à recombinação homóloga entre as duas zonas de homologia e à re-circularização do vector obtendo-se a fusão do gene FLR1 com o gene da GFP, in vivo, como esquematizado na Figura 1.

Fig. 1 - Esquema representativo da estratégia seguida para a obtenção in vivo da fusão genética FLR1::GFP. Para a construção da fusão em causa recorreu-se ao plasmídeo pMET25_GFP, contendo o promotor forte MET25 seguido do gene GFP (A), que se linearizou por restrição com a enzima NotI (B). Paralelamente, o gene alvo de estudo (C) foi amplificado por PCR por forma a ter duas zonas de homologia, com o promotor MET25 e com o gene GFP (D). A transformação de Saccharomyces cerevisiae com o plasmídeo pMET-GFP, linearizado e desfosforilado, e com o gene FLR1 permite a obtenção, por recombinação in vivo entre as duas zonas de homologia (E), da construção de interesse em levedura (F). 

Os plasmídeos obtidos são posteriormente confirmados por análise do seu mapa de restrição (saber como). A construção genética, após confirmação, é então expressa nas células de levedura e a localização subcelular da proteína de fusão é observada por microscopia de fluorescência.

A fusão anterior permitiu localizar a proteína Flr1 na periferia celular o que aponta para uma localização da proteína Flr1 na membrana plasmática das células de levedura, como descrito em “Localização subcelular da proteína Flr1”.