Comunicação de Áudio e Vídeo Blockchain em multimédia

Aplicações Autenticação e direiros de autor de multimédia

Utilizando a tecnologia blockchain torna-se possível assegurar que um dado ficheiro de multimédia não seja adulterado, uma vez que é possível guardar na blockchain uma prova do original. Uma empresa digital que trabalha nesta área é a eWitness, cujo o produto é uma app disponível para android que permite tirar fotografias e vídeos onde seja possível provar a sua autenticidade.[5] Assim, quando um cliente da eWitness tira uma fotografia ou vídeo utilizando a app, esta cria uma hash e retira informações únicas acerca da câmara do telemóvel (retiradas a partir do EXIF file) e envia-as para uma blockchain baseada em Ethereum (2º plataforma blockchain mais utilizada, atrás somente da bitcoin). Esta operação é realizada através de um SmartContract, que a automatiza. Este tipo de funcionalidade que a app oferece poderá vir a ter muita importância, uma vez que poderá servir para combater a adulteração de conteúdo de multimédia como por exemplo imagens modificadas em photoshop e outros editores de imagem, assim como vídeos modificados utilizando redes neuronais profundas (DeepFakes), podem ser identificadas como falsas se a imagem original, foi capturada utilizando a app eWitness.

Remuneração com base em Tokens

Uma rede social que recompensa os seus utilzidadores com tokens é o DTUube. Em que os utilizadores da rede são recompensados tanto por criarem como curarem conteúdo. Nas redes sociais, atualmente mais utilizadas como o Instagram ou o Twitter, os criadores apesar de criarem valor à empresa distribuindo conteúdo de multimédia não são devidamente recompensados pelo mesmo. Sendo os pagamentos geralmente realizados indiretamente ou por outras plataformas. Contudo, na steemit consoante o valor de uma publicação (determinado geralmente pelos likes) maior será a recompensa.[9] O ecossistema do DTube é contituído por investidores tais como criadores e curadores. Os primeiros são os que produzem os conteúdos e os segundos aqueles que, após consumirem estes conteúdos fazem a triagem. Existem as marcas, que tencionam dar a conhecer os produtos e / ou serviços que vendem. Para terem acesso a esta mais valia, precisam de fazer Token Burns (já descritos nos conceitos fundamentais). Poderão estas entidades também comprar tokens do mercado para promover conteúdo específico em que precisem de exposição. Por último existem os consumidores a médio prazo que são aqueles que dizem respeito a parcerias e comércio online. Este tipo de comércio é todo aquele que se disponibiliza a aceitar tokens oferecendo descontos a clientes pelo uso dos mesmos, aceitando como parceiro de negócio toda uma rede de blockchain com a qual aceite transaccionar.

Proteção dos dados multimédia compartilhados

Recentemente, as redes sociais ganharam um papel preponderante na forma como as pessoas comunicam entre si. Por essa razão, estas rapidamente adquiriram uma vasta quantidade de utilizadores que acabam inevitavelmente por partilhar diversos tipos de informação todos os dias. As redes sociais mais utilizadas à data possuem um sistema de rede centralizado, onde a empresa, (como por exemplo o Facebook, Youtube, Google) possui o registo dos dados fornecidos e descarregados na rede por cada utilizador, que depois poderão ser fornecidos a outras entidades, o que como por exemplo a empresas de publicidade que depois os utilizam para fazer anúncios personalizados. Existe então uma falha clara na privacidade dos utilizadores uma vez que os dados a que estes acessam online podem vir a ser tratados para diversos tipos de fins lucrativos sem que qualquer tipo de consentimento tenha sido conferido pelos mesmos. Os dados multimédia que os utilizadores publicam passam a estar no registo da entidade no centro da rede, passando esta a poder utilizá-la, distribuí-lo ou mesmo vendê-las a outras empresas evidenciando-se assim um conflito de interesses no que diz respeito aos dados de qualquer utilizador: sejam estes públicos, como os vídeos que publica/cria ou privados como as pesquisas que faz na rede em questão. Por essa razão, inúmeros indivíduos de grande renome na área da computação têm avisado para este perigo e vindo a denunciar estas empresas. Dentro os quais se podem destacar: Richard Stallman e Edward Snowden que chegaram mesmo a acusar o Facebook de ser uma grande “empresa de vigilância”. Assim, a tecnologia blockchain pode vir a ser a solução para este problema, uma vez que se baseia numa tecnologia de rede descentralizada - controlo dos dados dentro da rede deixa de pertencer a uma só entidade e passa a ser distribuído por diversos utilizadores através de um registo criptográfico que depois será validado em cada um dos computadores dos utilizadores quando um bloco for adicionado. A partilha destes mesmos dados é objectivamente e pesadamente recompensada aquando do livre arbítrio do utilizador em questão. Utilizando uma Blockchain de Multimédia, um utilizador terá a possibilidade de partilhar os seus dados pessoais quando deseja e sendo incentivado (por parte da rede em questão) a que o faça. Seja este utilizador um criador ou um consumidor de conteúdo. Esta nova forma de pagamentos pode vir a ser uma nova solução para o pagamento dos criadores o que pode originar um novo paradigma na forma como se realizam os pagamentos nas redes sociais.