Pretende-se construir uma gramática atributiva (em C++) que avalie expressões lógicas. As expressões podem ser constituídas por literais p ou q, ou por aplicações dos operadores lógicos: # (conjunção lógica – operador binário), @ (disjunção lógica inclusiva – operador binário), / (negação lógica – operador unário). Assuma que os terminais p e q têm definido o atributo booleano val (respectivamente, igual ao valor C++ true, para verdadeiro; e false, para falso). O operador unário tem precedência superior aos binários e # tem precedência superior a @. É possível usar parênteses (curvos) para alterar as precedências.
disj representa uma disjunção; conj representa uma conjunção; uni representa expressões unárias; e elm representa elementos mais simples. O atributo booleano val representa o valor lógico associado a cada expressão.
<text> disj → disj @ conj { disj_0.val = disj_1.val || conj.val; } disj → conj { disj.val = conj.val; } conj → conj # uni { conj_0.val = conj_1.val && uni.val; } conj → uni { conj.val = uni.val; } uni → / elm { uni.val = !elm.val; } uni → elm { uni.val = elm.val; } elm → ( disj ) { elm.val = disj.val; } elm → p { elm.val = p.val; } elm → q { elm.val = q.val; } </text>
Como se pode ver pelas acções semânticas associadas à gramática, todos os atributos são sintetizados, pelo que a gramática é do tipo S.
<text> %union{ bool val; } %type<val> 'p' 'q' disj conj uni elm %% disj : disj '@' conj { $$ = $1 || $3; } disj : conj { $$ = $1; } conj : conj '#' uni { $$ = $1 && $3; } conj : uni { $$ = $1; } uni : '/' elm { $$ = !$2; } uni : elm { $$ = $1; } elm : '(' disj ')' { $$ = $2; } elm : 'p' { $$ = $1; } elm : 'q' { $$ = $1; } %% </text>