Software corrente
Para apoio das cadeiras sob minha regência
(como Contrôle de Qualidade, Investigação
Operacional, Proj. de Investigação Laboratorial
e quaisquer outras), são necessárias certas
ferramentas informáticas de uso corrente. Verifico
que estas são mal (se de todo) conhecidas pelos alunos que optam
por essas cadeiras. Dado que são alunos finalistas ou
quase, cabe ao corpo docente do IST, ao qual pertenço,
responsabilidade por este resultado, mas essa é uma
questão bizantina; por serem finalistas, tento, numa
última oportunidade, compensar eventuais falhas.
Independentemente do conteúdo ou nível (qualidade)
das matérias leccionadas, não se conte comigo para
me limitar à ciência —venerável e útil—
dos séculos passados.
Tenho observado, com preocupação, que alguns dos
Sr.s Alunos desconhecem (ou evitam) técnicas
básicas, cuja
ignorância —por serem do domínio de «toda a
gente»— lhes trará consequências graves e
situações embaraçosas no
âmbito profissional. Salientarei, ainda, que estamos a
tratar de pessoas e não só
de futuros profissionais. Se não sabem, registem
que vos será sempre pedido que façam os textos em
Word, os gráficos em Excel e
apresentações em Powerpoint (ou similares).
Há, ainda, a Internet, de que deverão ser, pelo menos,
utilizadores. Ou seja, o desconhecimento destas técnicas
(do senso comum !) será,
provavelmente, mais notório que o do Contrôle de
Qualidade, da Análise Matemática ou dos
Fenómenos de Transferência, etc..
Assim —e antes que seja tarde, no contexto académico e
noutros de mais vastos horizontes—, devem familiarizar-se com
as ferramentas informáticas, boas ou más, que toda a
gente usa:
- Unix É um sistema operativo (como
são o DOS dos PC's, o VMS, etc.) dos computadores
clássicos, nos quais residem quer servidores de Internet, quer
sistemas empresariais, quer computadores universitários dedicados
a cálculo ou investigação. (A
separação entre Universidade e Indústria é
artificial e frequente nos países subdesenvolvidos.) Um
dos aspectos mais penosos, mas mais necessários, é o uso
de editores (edt, joe, pico,
vi).
- Windows É o sistema operativo mais
vulgar nos PC's (computadores pessoais, ditos tipo IBM), inspirado no
dos computadores Macintosh, hoje menos usados.
- Office É o conjunto (para Windows)
que contém o Word, Excel, Powerpoint,
conjunto muito usado (pelas empresas e por todas as entidades).
- Para comunicar entre sistemas (por um lado, Unix e
congéneres e, por outro, os PC's e Mac's), há os programas
do tipo ftp ("file transfer protocol") e do tipo
telnet (emulador de terminal). Literalmente, estes
dois programas existem no Windows, mas são limitados e
antiquados. O telnet torna quase impossível usar
editores no computador público a que acede. Os
novos telnet's são o WinQVT
(ou QVT net), VT320, TeraTerm, etc.; os novos
ftp's são o WS_ftp, CuteFTP, etc.. A
maioria dos substitutos do telnet (como o TeraTerm, que
cabe em 1 diskette) contêm eles mesmos um ftp.
- Fortran É uma linguagem de
programação. Não farei qualquer
justificação desta linguagem, além de constatar a
frequência da utilização no mundo das engenharias
clássicas (como civil, mecânica, química).
Desde a sua versão Fortran 90 (que sucedeu em 1990
à de 1977), contém as
características contidas noutras linguagens mais
«modernas» (como o C), com a vantagem do enorme
património já escrito e do grande cuidado na
«portabilidade» e compatibilidade com as versões
anteriores (em que supera muitas outras linguagens mais conhecidas).
- Bibliotecas O uso de bibliotecas é
indispensável para os cálculos normais, sempre que se
excedam as possibilidades do Excel, por exemplo. Só
há duas bibliotecas gerais: a IMSL e a
NAG. Funcionam em Fortran (mais
recentemente, em C). A NAG está
disponível no Nó Alfa do IST. (Têm-se
feito esforços para obter a versão para Windows.)
Em resumo, todas estas competências são
indispensáveis para as actividades no início
referidas, se bem que, normalmente, a um nível
introdutório.
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Criado em: 2001 — Actualizado em:
02-Out-2003 |