Os ganhos da empresa detentora da plataforma YouTube advêm da publicidade. Foi desenvolvido um algoritmo que interliga três atores: os espectadores, os criadores de vídeos e os anunciantes.

Sem espectadores não há negócio. Os criadores de conteúdos cedem ao YouTube os vídeos que criaram na esperança que sejam vistos por muitos espectadores, pois quanto mais espectadores atraírem maior a probabilidade de os anunciantes quererem aproveitar o conhecimento público para associaram as suas marcas e assim se promoverem.

Mas nem todos os vídeos que são disponibilizados no YouTube gerem ganhos monetários para os seus autores. Se algum criador quiser rentabilizar a sua produção terá de assinar uma espécie de contrato com o YouTube, isto é, qualquer vídeo carregado na conta do criador será “monetarizado”.

Poderá acontecer que o criador do vídeo receba alguma comparticipação financeira de terceiros (sponsor) para promover diretamente algum produto ou serviço específico no seu vídeo ou para a realização do mesmo. Neste caso, o criador informa o YouTube de tal situação chegando a um acordo entre ambos em relação à distribuição dos lucros.

Em relação aos anunciantes, há várias maneiras para publicar anúncios no YouTube:

• Gráficos que são mensagens em destaque à direita ou acima dos vídeos;
• Anúncios de sobreposição onde é exibida uma barra de anúncio semitransparente na parte inferior da tela, com opção para visualização ou descarte;
• Anúncios ignoráveis, que permitem ao espectador saltar para o vídeo após reprodução de 5 segundos obrigatórios de anúncio;
• Anúncios não ignoráveis quando, antes de visualizar o vídeo desejado, é obrigatório ver o anúncio;
• Anúncios não ignoráveis em vídeos longos que podem ter até 30 segundos de duração e também podem ser exibidos antes, durante ou depois do vídeo selecionado

O YouTube (ou empresas associadas) além de ser o intermediário do serviço é também o intermediário financeiro, porque recebe dos anunciantes e paga aos criadores, ficando com uma parte pelos serviços disponibilizados e enquanto recebe e não paga, acumula grandes montantes financeiros que pode aplicar em produtos de rentabilidade financeira elevada.

Não é fácil saber quais os valores envolvidos nestes procedimentos. Existem regras de confidencialidade entre criadores/YouTube/anunciantes que são respeitadas e criam dificuldades ao conhecimento dos valores envolvidos. Mas, o número de espectadores que o YouTube capta é de tal grandeza que se deduz tratar-se de um negócio rentável. No entanto, não é fácil encontrar valores que permitam uma análise segura.

O anunciante não paga um preço fixo, está dependente de vários fatores. O criador, segundo os rumores do mercado, pode receber entre 0,75 USD e 2,00 USD por cada mil visualizações do seu vídeo, ou seja, um milhão de visualizações, que em Portugal será um caso excecional, pode gerar uma receita entre 750 USD e 2000 USD. Na perspetiva do YouTube, aponta-se para um volume de negócios na ordem dos 4 mil milhões de USD, reportado a fevereiro de 2015.